PL10 Fitoterapia e alopatia: diferenças conceituais, complementaridades e interfaces
Alexandros Spyros Botsaris, R. Boorhem
ABFIT
Fitoterapia e Alopatia - aspectos diferenciados: diferenças conceituais
Alexandros Spyros Botsaris
O uso de plantas medicinais é o recurso mais antigo terapêutico usado pelo ser humano, que se tem notícia. Muitos dos conceitos
que foram incorporados ao uso de plantas foi construído pelo processo cultural, ao longo de milhares de anos, e representa um pa-
trimônio de informação inestimável. O conhecimento popular usa linguagem e valores próprios, diferentes dos desenvolvidos pela
ciência. Ainda assim o conhecimento popular se mostra importante fonte de informações para o desenvolvimento de medicamen-
tos. Para aproveita-lo, é preciso ter conhecimentos de etnofarmacologia e etnobotânica. Partindo dessa base conceitual distinta,
os fitoterápicos também possuem um mecanismo de ação diferenciado, através de fitocomplexos. Esses resultam da interação
de dezenas de compostos diferentes, um nível de complexidade que a ciência médica ainda não consegue avaliar plenamente.
Provavelmente por isso os fitoterápicos costumam ser mais eficientes, ou ter melhor relação de custo benefício, em algumas
áreas da terapêutica, como os reguladores da digestão, laxantes, venotrópicos, protetores de vasos e imunopotencializaodes.
Outro ponto onde a fitoterapia diverge significativamente do conhecimento preconizado pela ciência médica, é na associação
de drogas. A fifoterapia para ser mais eficiente, usa as associações de plantas de forma extensiva, seguindo o preconizado pela
etnofarmacologia. Concluindo, a fitoterapia agrega conceitos diferentes dos usados pela medicina alopática para prescrição.
Fitoterapia e Alopatia: complementaridade e interfaces
R. Boorhem
Abordaremos diversas relações entre a fitoterapia e alopatia, com ênfase nas vantagens da associação dessas técnicas terapêu-
ticas, em situações clínicas que incluem a sinergia positiva entre alopáticos e fitoterápicos, a redução da toxicidade de alopáticos
pelo uso concomitante com fitoterápicos e a substituição ou redução de doses de alopáticos por fitoterápicos como opção menos
agressiva em quadros que demandam uso contínuo de medicamentos que, no caso dos alopáticos, frequentemente levam a fenômenos de tolerância, dependência e iatrogenia, com prejuízos a saúde dos pacientes e dificultando a adesão aos tratamentos.
Através de casos clínicos procuraremos demonstrar as diferenças entre as abordagens alopática clássica e a realizada pela fitote-
rapia como técnica terapêutica integrativa, e não apenas como simples alternativa aos medicamentos convencionais.