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P009 Quantificação de taninos condensados nas folhas de Solanum paniculatum L. Revista de Fitoterapia 2012; 12 (Sup. 1): 69.

Zadra M, Piana M, de Brum TF, Froeder AF, Boligon AA, Fröhlich JK, Athayde ML
P009 Quantificação de taninos condensados nas folhas de Solanum paniculatum L. Marina Zadra, Mariana Piana, Thiele Faccim de Brum, Amanda Forbrig Froeder, Aline Augusti Boligon, Janaina Kieling Fröhlich, Margareth Linde Athayde Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências da Saúde, prédio 26, Lab 1411, Av. Roraima, 1000, 97105-900, Santa Maria, RS, Brasil Solanum paniculatum L. é uma planta da família Solanaceae, conhecida popularmente como jurubeba verdadeira, jurupeba, ju- vena. Possui porte arbustivo, com até três metros de altura, e ocorre principalmente no Brasil, Paraguai e Argentina. Na medicina popular, são utilizadas as folhas, frutos e raízes no preparo de infusões, como antianêmico, antiinflamatório, estimulante das funções digestivas, diurético, e hepatoprotetor. Estudos fitoquímicos demonstraram a presença de saponinas e alcalóides. Taninos são compostos fenólicos responsáveis pela adstringência de frutos e vegetais, com propriedades antimicrobianas e antioxidantes, possuindo atividade contra diarréia, úlcera, inflamações entre outros.(1) Este trabalho teve como objetivo quantificar os taninos condensados presentes nas folhas de Solanum paniculatum, no extrato bruto e frações clorofórmio, acetato de etila e n-butanol. As folhas da planta foram coletadas em outubro de 2011, no município de Restinga Seca, Rio Grande do Sul. O material teste- munho (exsicata) está depositado no herbário do Departamento de Biologia da Universidade Federal de Santa Maria, e catalogado sob o número de registro SMDB 13146. As folhas (1002,41g) foram secas em estufa com temperatura controlada, trituradas e submetidas à maceração hidroalcoólica (70%) por um período de sete dias, com agitação diária. A seguir, o material foi filtrado e concentrado em evaporador rotatório, com a finalidade de remover o etanol e obter o extrato aquoso. Parte deste extrato foi levada à secura total, originando o extrato bruto (EB), e outra parte foi submetida a fracionamento em ampola de separação, com sol- ventes de polaridade crescente: clorofórmio (CHCl3), acetato de etila (AcOEt) e n-butanol (n-BuOH), as quais também foram secas para obtenção de cada fração. Para a quantificação de taninos condensados, foi utilizada a metodologia descrita por Morrison e colaboradores,(2) na qual a amostra reage com partes iguais de soluções de vanilina 1% e ácido clorídrico 8%, tendo metanol como solvente. Após banho-maria de 20 minutos, foi realizada a leitura espectrofotométrica em 500 nm. As análises foram realizadas em triplicata. A quantificação foi realizada através de uma curva padrão de catequina, e os resultados foram expressos como miligramas de equivalentes de catequina por grama de extrato seco (mg E.C./g ext.). A fração CHCl3 foi a que demonstrou o maior teor, 94,67±0,61 mg E.C./g ext., seguida pelo EB, que apresentou 29,10±1,72 mg E.C./g ext. As frações AcOEt e n-BuOH resultaram em teores de 19,56±1,24 e 12,31±0,28 mg E.C./g ext., respectivamente. Estes resultados são importantes, uma vez que podem contribuir para a confirmação do uso popular desta planta que é amplamente utilizada na terapêutica. Mais estudos se fazem necessários, a fim de elucidar a estrutura química dos compostos presentes e sua atividade biológica. Agradecimentos: CAPES. referências: 1. Simões, C.M.O. et al. (2010) Farmacognosia: da planta ao medicamento. 2. Morrison, I.M. et al. (1995) Determina- tion of lignin and tannin contents of cowpea seed coats. Ann Bot 76, 287-290.