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CO11 Avaliação do efeito protetor da planta Bauhinia forficata em camundongos swiss diabéticos. III Congreso Iberoamericano de Fitoterapia: tradición, ciencia y cooperación. Revista de Fitoterapia 2012; 12 (Sup. 1): 53.

Martins JD, Martins R, Assis IS
Co11 avaliação do efeito protetor da planta Bauhinia forficata em camundongos swiss diabéticos J. D. Martins, R. Martins, I.S. Assis Faculdade União das Américas, Uniamérica, Av. Tarquinio Joslin Santos 1000, 85870-901, Foz do Iguaçu, Brasil. Introdução: O diabetes mellitus (DM) é uma doença de desordem metabólica, caracterizada por hiperglicemia crônica (OMS),(1) divido em dois tipos, o DM tipo I e DM tipo II, cada um com seu tratamento e etiologia específicos.(2) O tratamento para DM tipo I consiste na utilização de insulina, sendo que no DM tipo II o paciente faz uso de antidiabéticos orais e dieta alimentar com controle glicêmico.(3) Sabe-se que as plantas medicinais hipoglicemiantes são utilizadas desde os tempos mais remotos.(4) O objetivo do presente trabalho foi analisar o efeito protetor da planta Bauhinia forficata (pata-de-vaca) sobre o diabetes experimental em ca- mundongos Swiss, analisando o padrão histológico do pâncreas dos animais e observando os níveis glicêmicos depois da indução do diabetes experimental. Método aplicado: Foram utilizados 20 camundongos-fêmeas da linhagem Swiss, de oito semanas de vida. Os animais foram tratados com solução aquosa da planta Bauhinia forficata, sendo o grupo teste divido em dois, sendo que o grupo teste I recebeu infusão aquosa de 40g.L-1 de folhas secas, e o grupo teste II a concentração de 20g.L-1, pelo período de 30 dias. Os outros dez animais receberam água no lugar da infusão aquosa da planta, pelo mesmo período de tempo (grupo controle). Logo após o período de tratamento com a solução aquosa da planta Bauhinia forficata, os animais dos grupos testes e grupo controle receberam a dosagem de 40 mg kg-1 de Aloxano a 2%, para indução de diabetes experimental.(5) A ocorrência do DM foi monitorada a partir de 72 horas após a indução, e os animais foram considerados diabéticos após leitura da glicemia com valores superiores a 250 mg.dL-1. Depois de confirmada a glicemia sangüínea, os animais foram sacrificados através do deslocamento cervical e pâncreas foi removido para a realização do preparo histológico. Para análise dos dados, foi empregado o software Statistica 7.0, onde os resultados foram submetidos à análise de variância Anova de valores médios com nível de significância 5% (p < 0,05). Resultados: Após o tratamento e indução, a média glicêmica do grupo teste I (40g L-1) foi de 218,6 mg dL-1, do grupo teste II (20g L-1) foi de 264,2 mg dL-1 e do grupo controle foi de 436,2 mg dL-1. Houve diferença estatística significativa entre o grupo teste I e o grupo controle, assim como também foi notado entre o grupo teste II e o grupo controle. Entretanto, os grupos testes I e II não obtiveram diferença significativa entre si (Figura 1). A partir do preparo histológico, foi observado que os grupos teste obtiveram aumento na granulação das ilhotas de Langerhans, diferente do grupo controle, que continuou em sua normalidade. Pode-se ob- servar que no grupo teste I (40g L-1) houve maior quantidade de grânulos em comparação com o grupo teste II (20g L-1). Propõe-se que esse acréscimo de granulações no grupo teste I é o responsável pelo aumento na atividade do pâncreas endócrino, resultando em uma menor média glicêmica. Figura 1 - Média ± erro padrão da glicemia (mg.dL-1) dos camundongos do grupo controle e dos grupos teste I e II, com 40 g.L-1 e 20 g.L-1, respectivamente, da infusão aquosa de B. forficata. *Representa diferença significativa em relação ao grupo controle. Conclusões: A Bauhinia forficata, também conhecida como pata-de-vaca, além de possuir o efeito hipoglicemiante, também apre- senta suposto efeito protetor à ação diabetogênica do aloxano. A partir do preparo histológico, sugere-se que o efeito protetor ocorra pelo acréscimo na produção de grânulos do citoplasma, aumentando a atividade da ilhota de Langerhans, elevando a secreção de insulina. referências: 1. OMS: Organização Mundial da Saúde (1999) DIA, A diabetes initiative for the Americas. 2. Persuad, S.J. et al. (1999) J Endocrinolog 163, 207-212. 3. Carvalho, A.C.B.; et al. (2005) Rev Bras Farm 86, 11-16. 4. Grover, J.K, Vats, V. (2001) Asia Pacific Biotech News 5, 28-32. 5. Zanoello, A.M. et al. (2002) Acta Farm Bonaerense. Santa Maria 21, 31-36.